O stress desencadeia mecanismos neuro-hormonais que aumentam o nosso apetite e por outro lado, aumentam também a resistência para a perda de peso. Assim, stress, transtornos alimentares e excesso de peso, estão intrinsecamente relacionados.

Pessoas estressadas poderão ter tendência para ganhar ou perder peso mais rapidamente?

Pessoas expostas ao stress crónico, derivado do desequilíbrio neuro-hormonal, que antes referi, predominantemente acabam por desenvolver uma maior tendência para o aumento de massa gorda e por consequência, ganho de peso. 

A flutuação de peso (sem que exista um novo regime alimentar) pode estar diretamente ligada a situações de stress em que um indivíduo viva?

Em muitas situações, independente do regime alimentar, o stress, pelos mecanismos que induz no nosso corpo, leva a flutuações no peso que estão associados a essas alterações neuro-hormonais e factores pró-inflamatórios que têm uma ação dramática no nosso metabolismo e por isso devem ser resolvidas com urgência, pelo risco que têm para o desenvolvimento de diferentes patologias, como obesidade, diabetes, entre outras.

Como deve ser a alimentação de uma pessoa que viva ou trabalhe sob stress constante?

Quando temos dificuldade em eliminar o stress da nossa vida profissional e pessoal, é importante  que a nossa alimentação, hábitos e estilo de vida, sejam o mais equilibrados possível, de modo a compensar esse factor negativo. Assim, devemos procurar que todos macro e micro nutrientes estejam presentes na nossa dieta e é essencial evitarmos alimentos processados e pré-confeccionados, onde os açúcares e as gorduras processadas predominam e que têm um efeito pró-inflamatório e deste modo podem agravar ainda mais os transtornos e patologias associadas ao stress, nomeadamente a obesidade. É importante que as pessoas preparem as suas próprias refeições para evitar refeições de ocasião e de fácil acesso, que por norma não se traduzem nas melhores escolhas. 

A ansiedade, irritabilidade e mau humor influenciam o que comemos?

Óbvio que sim, são três sintomas de stress e por isso, já referi anteriormente, vão desencadear alterações neuro-endócrinas que influenciam os nossos ritmos biológicos e por isso o que comemos, quando e quanto comemos. 

Como pode um indivíduo retificar estes erros associados ao stress e maus hábitos alimentares?

Estratégias de escape ao stress, como exercício físico, evitar hábitos tóxicos que influenciam a nossa saúde e alimentação e procurar uma seleção cuidadosa e variada dos alimentos que vamos utilizar nas nossas refeições e quando estas medidas e correções não são tomadas porque o stress se tornou patológico, o indivíduo deve procurar ou ser encaminhado para equipas multidisciplinares constituídas por médicos e outros profissionais de saúde, como nutricionistas, onde podem encontrar diferentes propostas terapêuticas ajustadas e personalizadas. Os tratamentos vão desde dietas cetogénicas hipocalóricas normoproteicas, como propõe a Pronokal e o método PNK®, com evidências científicas e cada vez mais de primeira linha na abordagem a estas situações, até à cirurgia bariátrica. 

Em definitiva, o stress deve ser controlado pela extrema relação que tem com os nossos hábitos alimentares e a nossa saúde.

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