O doutor Hugo Amaral, médico estético, trabalha na Clínica Belmedic, do Porto, onde faz todo o tipo de intervenções não invasivas para retardar os efeitos da idade no rosto. Desde há cerca de cinco anos, está a assistir ao boom que o ácido hialurónico está a viver como uma das moléculas fundamentais para reverter o envelhecimento com resultados muito naturais.

Que tipo de trabalhos é que o ácido hialurónico (AH) lhe permite desenvolver?

O AH é uma molécula de um produto que nos permite fazer vários trabalhos, sobretudo de harmonização facial. Além disso, dependendo do seu grau de reticulação ou densidade, podemos obter diferentes resultados. 

Para o introduzir na pele, é mais partidário da cânula ou da agulha?

O manuseamento, tanto com cânula como com agulha (mais precisão), mas a cânula permite que faça um tratamento menos invasivo e com menor risco de hemorragias ou contusões. Dependendo das áreas faciais a tratar, gosto de fazer um trabalho artístico, isto é, entender onde falta volume e manejá-lo assim, não só para recuperar os volumes perdidos, mas também para hidratar profundamente e melhorar a textura e a luminosidade. 

Qual a maior inovação, do seu ponto de vista, da nova geração de ácidos hialurónicos?

Sem dúvida o “oxi-free”,  que retira a este produto os radicais oxidativos. As partículas que poderiam criar inflamação e prejudicar os preeenchimentos já foram eliminadas e resultam numa fórmula eficiente e eficaz, pelo que estamos muito felizes que os produtos com os quais trabalhamos, que são a nossa ferramenta no dia a dia com as nossas doentes, sejam cada vez melhores. Além disso, estes novos ácidos dividem-se em dois tipos: monofásicos e bifásicos. Antigamente dispúnhamos de ácidos bifásicos com uma grande heterogeneidade de partículas dispersas num gel de suspensão. No entanto, os monofásicos são uma mistura de ácidos hialurónicos de alto e baixo peso molecular. Agora trabalham-se mais estes últimos, os monofásicos. 

Que é que as suas doentes mais pedem, de acordo com a sua faixa etária?

Por um lado, as doentes mais idosas pedem-me que lhes faça um lifting líquido (terço médio), reposicione as estruturas e melhore a textura da pele. As mais jovens procuram um tratamento de transformação: queixo, lábio assimétrico, etc. Elas sabem que hoje em dia se pode fazer quase tudo com AH e de uma forma não invasiva. Começam a preocupar-se muito com a prevenção, não querem o terço superior franzido, vêm à procura de informação para prevenir… As mulheres maduras necessitam de redensificar a pele, vêm com grandes níveis de elastose (flacidez), e é um trabalho diferente que temos que fazer de tratamento e reversão dos sinais de envelhecimento. 

Hoje em dia, o ácido hialurónico é totalmente reabsorvido decorrido algum tempo?

Nos últimos cinco anos, o AH evoluiu muito, provoca muito menos alergias, é mais inócuo, e elimina-se totalmente de forma automática. É totalmente absorvido. 

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