matéria Dr. João Freitas

Chegado o Verão, os banhos de sol são parte habitual da cultura mediterrânica, corpos bronzeados são significado de beleza e atração, mas o risco associado ao maior inimigo da nossa pele, a radiação solar, aumenta. 

Ao envelhecimento da pele induzido pela radiação solar foi atribuído um termo próprio, o fotoenvelhecimento. São um conjunto de alterações estruturais e morfológicas que ocorrem na pele e que se vão acumulando ao longo do tempo e se traduzem na deterioração das suas funções. Clinicamente, a pele torna-se mais flácida, espessa, hiperpigmentada e, nas áreas mais expostas à radiação solar, como a face e as mãos, observa-se o aparecimento precoce de rugas e outras alterações cutâneas, que podem eventualmente ser mais graves,  como o cancro de pele. 

No espectro da luz invisível solar, a radiação ultravioleta tipo A (UVA), tipo B (UVB) e infravermelha (IV) são as responsáveis pelo fotoenvelhecimento e provocam o envelhecimento prematuro da pele. A prevenção pode ser inicialmente efetuada através da utilização regular de protetor solar e vestuário adequado. É importante lembrar que um protetor solar não protege da radiação solar como um guarda-chuva protege da chuva. A escolha de um protetor adequado – com FPS igual ou superior a 30 – é fundamental para atenuar os efeitos da radiação solar UVB e UVA, sendo as medidas comportamentais ainda mais importantes para a prevenção do fotoenvelhecimento. A nutrição é igualmente importante e o consumo de licopeno, presente em alimentos como a melancia e o tomate, muito consumidos no Verão, têm uma ação protetora contra a radiação ultravioleta, mais ainda quando associado ao consumo de alimentos ricos em vitamina C e E. Para a radiação infravermelha já começam a surgir novas composições nos protetores solares que permitem uma certa protecção, no entanto, uma alimentação rica em antioxidantes como a Epigallocatechin gallate, presente no chá verde e chocolate preto, é fundamental para a protecção e diminuição dos efeitos oxidativos da radiação IV nas células da pele. 

Numa idade mais avançada é recomendado a utilização de cremes que contenham filtros solares e substâncias retardadoras do envelhecimento, tais como antioxidantes, ácido retinóico, entre outros. Existem, porém, outras estratégias mais invasivas de tratamento. 

Na Clínica Belmedic® é frequente os pacientes apresentarem vários sinais e graus de fotoenvelhecimento e, através de uma avaliação personalizada, é possível fazer um diagnóstico rigoroso e propor diferentes procedimentos que ajudam a prevenir e a tratar. 

Vários estudos demonstraram e validaram a utilização de diferentes opções na prevenção e no tratamento. Primeiramente, é fundamental que os produtos de cosmética a utilizar no dia-a-dia sejam personalizados para cada tipo de pele. No caso de manchas e sinais de oxidação e envelhecimento da pele, opções como Peelings e plasma rico em plaquetas são excelentes opções.  Para devolver a integridade perdida na pele, a injeção de preenchedores, como o ácido hialurónico e os  bioestimuladores, ajudam a combater a flacidez e a recuperar a hidratação e o colagénio perdidos ao longo do processo do fotoenvelhecimento. No mundo da aparatologia, dentro das opções com evidência científica, podemos considerar os lasers médicos, o microagulhamento e a radiofrequência como soluções a ter em conta. 

O relógio do tempo não pára e a radiação solar não perdoa, por isso, para combater o fotoenvelhecimento neste Verão, a prevenção é fundamental e o acompanhamento por profissionais de Medicina Estética e Dermatologia são essenciais para prolongar a beleza e a saúde da nossa pele. 

Dr. João Freitas 
Board Member American Academy of Aesthetic Medicine (AAAM)

Artigo publicado na Revista Lux edição n.1115 em 13 de setembro de 2021

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